Saiba como escolher entre consórcio ou financiamento na compra do seu imóvel.

Adquirir a casa própria é um dos maiores sonhos dos brasileiros, mas, ao dar os primeiros passos rumo a esse objetivo, surge a dúvida: consórcio ou financiamento, qual a melhor escolha? Cada uma dessas opções possui características próprias, vantagens e desafios, e a decisão depende do seu perfil financeiro e das suas prioridades. Neste artigo, vamos explicar as diferenças entre consórcio e financiamento para ajudá-lo a tomar a melhor decisão.

O que é financiamento?

Basicamente, financiar é realizar uma compra parcelada, se comprometendo com uma taxa de juros, que é calculada de acordo com o tempo do parcelamento.

Trata-se de um contrato, normalmente bancário, escolhido pela maioria dos brasileiros que pretende adquirir bens, como imóveis e veículos.

No processo, o banco compra o imóvel desejado e, a partir disso, o comprador começa a pagar parcelas mensais até atingir o valor da dívida. É importante ressaltar que nessa modalidade é preciso desembolsar uma quantia de entrada, que geralmente é de 20% do valor do imóvel.

Existem duas modalidades de financiamento, que foram criadas pelo Governo Federal:

  • Sistema Financeiro de Habitação (SFH): disponibilizado só para compradores do primeiro imóvel, que deve ser obrigatoriamente residencial;
  • Sistema Financeiro Imobiliário (SFI): nesse caso, pode ser usado para comprar imóveis residenciais ou comerciais, independente do valor, assim como a entrada pode ser menor do que 20% do valor do imóvel.

Quais as vantagens e desvantagens do financiamento?

Como qualquer outra modalidade de crédito, o financiamento tem seus prós e contras.

Vantagens

Podemos considerar que seu principal benefício é não precisar esperar para usufruir do bem. Assim que o processo é feito e a compra é aprovada, o comprador já tem permissão para comprar e utilizar o imóvel.

Nos consórcios, embora a estratégia tradicional seja aguardar os sorteios, existem algumas possibilidades de acessar o crédito com rapidez, como você verá logo mais.

Voltando ao financiamento, para que o juro e valor das parcelas não sejam tão elevados, uma boa orientação é oferecer o maior valor possível como entrada. Para isso, em caso de imóvel residencial, você pode usar o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

Caso você tenha um bom relacionamento com alguma instituição financeira, isso também pode ajudar a conseguir condições mais atraentes.

Outra vantagem é a possibilidade de usar como parâmetro a renda familiar na hora de fechar essa negociação, o que também acontece no consórcio. Desta forma, se o seu rendimento particular não for suficiente, você pode considerar a renda do cônjuge, dos filhos e/ou dos pais.

Desvantagens

O principal problema do financiamento é que a taxa de juros aplicada sobre o valor do bem, mesmo que seja reduzida, é muito alta.

Lembra que falamos do poder de usufruir do imóvel imediatamente? Por esse motivo, os juros dessa modalidade são mais altos. Isso acontece por conta dos riscos assumidos pelo banco.

É por esta razão que esse tipo de compra pode custar mais que o dobro do valor do imóvel. Ou seja, você paga por um bem de R$ 400 mil, por exemplo, mas usufrui de um imóvel de R$ 200 mil.

Essa é uma característica forte, que representa uma grande diferença entre consórcio e financiamento.

Outra desvantagem perigosa é que o bem só passa a ser seu após a quitação completa da dívida, portanto, existe o risco de perdê-lo a qualquer momento. Caso você tenha problemas em pagar as parcelas, a instituição financeira pode pedir o bem de volta.

E aqui é importante considerar que financiamentos podem durar mais do que 30 anos, e este é outro ponto negativo dessa operação. Não é difícil imaginar que uma compra mal planejada pode frustrar essa conquista no meio do caminho e, pior ainda, trazer sérios prejuízos.

Para evitar essa frustração, a orientação é objetiva: planeje, e planeje muito! Tenha absoluta certeza de que você terá condições de arcar com as parcelas no decorrer de todo esse processo. Pergunte-se como ficará a situação caso você perca o emprego, por exemplo.

Imaginar várias possibilidades durante esses anos de compromisso pode poupar você de passar pelo transtorno de perder a sua casa para o banco.

E a burocracia?

Também, nessa modalidade, é preciso levantar toda a documentação antes de iniciar o processo. Portanto, você precisa estar com o nome “limpo”, apresentar comprovantes de renda e toda a papelada do imóvel para conseguir o financiamento.

No consórcio, essa burocracia também existe, porém, somente quando acontecer a contemplação, o que garante um tempo hábil para organizar a documentação.

O que é um consórcio?

Popularmente conhecido por ser uma modalidade de compra colaborativa, livre de juros e sem a cobrança de um valor para a entrada, o consórcio reúne pessoas que compartilham de um mesmo propósito.

A ideia central é fazer uma compra parcelada sem precisar pagar juros, por isso a união de pessoas é tão importante.

O consórcio imobiliário funciona da seguinte forma: os consorciados se reúnem em um grupo cujo objetivo é a compra de imóvel. Todos os participantes contribuem com parcelas mensais, sem juros, formando um fundo comum.

Com esse montante arrecadado, é possível liberar o valor do imóvel para um ou mais participantes por mês, dependendo do saldo do grupo.

Para saber quem recebe o crédito primeiro, a administradora de consórcio organiza sorteios mensais até o final do prazo do plano.

E o prazo?

Em consórcio de imóveis, geralmente esse prazo é de 200 meses, portanto, você pode ser sorteado a qualquer momento no período de 16 anos. Note que esse período é a metade do tempo que você levaria pagando um financiamento, e esta é outra grande vantagem do consórcio.

Caso você tenha pressa, existe a estratégia dos lances, que nada mais é do que adiantar algumas prestações do consórcio para o grupo. A maior oferta do mês leva o crédito.

Você pode fazer essa oferta com recursos próprios, inclusive com seu FGTS em caso de imóvel residencial, ou usando percentual da sua carta de crédito, no lance embutido.

Não tem juros, mas e a taxa?

Você já sabe que no consórcio não existem juros, porque não há empréstimo. O que existe é uma taxa de administração cobrada pela administradora para gerenciar o grupo e garantir total segurança aos consorciados.

Essa taxa costuma ser aproximadamente 10x menor do que os juros dos financiamentos, por isso, não há como comparar.

Falta a você educação financeira?

Ao adquirir o consórcio, além de garantir que ao fim dele você terá o valor investido, a educação financeira é trabalhada, pois é preciso se organizar para pagar as parcelas todos os meses, ou seja, o consorciado se programa para a compra do imóvel e não retira o dinheiro na primeira emergência, o que garante a realização do sonho.

Desta forma, você aprende a ter disciplina e a educação financeira acontece naturalmente.

O sistema de consórcio é seguro?

Os consórcios têm lei própria e são fiscalizados pelo Banco Central, portanto, se você escolher uma administradora autorizada pelo Bacen, não corre riscos e o processo é totalmente seguro.

Outra medida para garantir que o consórcio seja seguro, é ler os termos do contrato cuidadosamente.

As regras e as taxas que serão cobradas precisam estar bem explicadas e claras para o consumidor. Então, não assine o contrato se tiver dúvida sobre algum termo.

Afinal, qual dos dois vale mais a pena: consórcio ou financiamento?

Ao longo do texto, conceituamos e descrevemos pontos relevantes sobre consórcio e financiamento. Cada um conta com vantagens e desvantagens, como qualquer outra modalidade de crédito, mas precisamos considerar que, ao se tratar da compra de um bem tão sonhado e de valor alto, algumas questões precisam ser analisadas de forma muito prática e objetiva.

Escolher uma modalidade com parcelas que cabem no nosso bolso, que respeite o orçamento e não tenha nenhuma cobrança de juros, é mais confortável, não concorda?

Portanto, se você realmente tem o sonho de ter uma casa para chamar de sua, faça um planejamento, se organize para pagar as parcelas mensais e entre em um sistema de consórcio.

Assim, você consegue usufruir do seu imóvel sem correr o risco de se endividar ou até mesmo de ter que renunciar a ele em um momento de dificuldade.

Saiba que nós estamos dispostos a lutar por esse sonho junto com você. Entre em contato conosco sem compromisso e confira as oportunidades disponíveis!

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Felipe viana

Corretor Proprietário da AR&F Corretora de Seguros. 

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