É possível usufruir do Seguro de Vida em vida? Sim! Veja como…

Por que o seguro de vida cresceu tanto no Brasil nos últimos anos? A possibilidade de uso do seguro de vida em vida, por mais estranha que a frase possa soar, é uma das explicações.

Em 2018, a arrecadação com apólices de seguro vida chegou a R$ 37,7 milhões, ultrapassando pela primeira vez na história o seguro auto, que arrecadou R$ 35,8 milhões. Já nos primeiros meses de 2019, enquanto o seguro de carros registrava queda de 2,39%, a procura pelo segmento vida aumentava 12,85%.

O brasileiro parece que, enfim, descobriu que seguro de vida é muito mais do que cobertura em caso de morte. Com as novas demandas sociais, o produto foi se adaptando a novos formatos, que incluem cobertura de doenças graves, diárias de invalidez temporária, diárias de internação hospitalar, cirurgias, entre outras…

Não é, definitivamente, o que você achou que era um seguro de vida, certo? Bem, foi pensado na dúvida de milhões de brasileiros (que mantêm seus familiares desprotegidos por desconhecimento) que decidimos explicar, nas linhas abaixo, de quais formas é possível usufruir do seguro de vida em vida!

Afinal, o que é um seguro de vida?

Seguro vida é um produto de proteção financeira que, primordialmente, garante pagamento de indenização aos beneficiários em caso de morte do segurado.

Esse amparo principal é imprescindível para o planejamento financeiro de qualquer família no mundo. Afinal, não há como garantir que um cidadão estará ao lado de quem mais ama no minuto seguinte.

O problema é que pode ser que esse cidadão seja o provedor da casa, de modo que, se um imprevisto o impedir de continuar ao lado de dependentes como os filhos, além da esposa / do marido, a dor da perda vai se somar a problemas financeiros desse núcleo familiar.

Ele terá que arcar com custos de funeral e enfrentar dificuldades financeiras pela ausência da renda do provedor falecido, é por isso que muitos casos de falecimento acabam resultando em evasão escolar dos filhos ou endividamento do viúvo. 

O mesmo raciocínio vale para a situação de invalidez. Imagine se amanhã você não puder mais trabalhar. Você teria renda acumulada para sustentar seus familiares ou a si próprio?

Agora não houve morte, não houve invalidez, mas houve o diagnóstico de uma doença grave, e agora? O Seguro de Vida é o instrumento financeiro que é seu maior aliado, é o recurso financeiro que te indenizará em caso de diagnóstico de alguma doença grave (Câncer, Infarto Agudo do Miocárdio, AVC, Transplante de órgãos, Insulficiência Renal Terminal,  Alzheimer, Parkinson, etc…) visando garantir a ajuda financeira necessária para dar conta de todos os custos (seja para buscar um tratamento específico não coberto pelo plano, pagar um medicamento, buscar um médico conceituado ou usar como desejar). 

Nesse cenário, o seguro de vida serve, fundamentalmente, para entregar tranquilidade ao contratante e aos familiares em caso de morte, invalidez ou doença do segurado. É isso, mas não somente isso.

Quais as vantagens do seguro de vida?

Existem inúmeras vantagens de usar um seguro de vida em vida, mas vamos nos ater, nesse momento, às vantagens operacionais e tributárias.

Nesse contexto, o primeiro benefício é que o seguro de vida não sofre incidência de Imposto de Renda, o que o faz uma raridade entre os produtos financeiros disponíveis no mercado.

Além disso, por não ser considerado herança (art. 794 do Código Civil), o seguro de vida não entra no inventário (o que garante o pagamento a quem tem o direito em até 30 dias após o recebimento da documentação que comprove o sinistro).

Esse amparo financeiro também não se sujeita ao pagamento do Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação de Quaisquer Bens ou Direitos (ITCMD).

Por fim, há também facilidades operacionais, como o fato de o seguro de vida permitir que o segurado troque de beneficiário quantas vezes quiser (sem nenhum tipo de burocracia), ou o oferecimento de escolha da forma de pagamento da indenização (o segurado escolhe se quer resgatar o valor de uma única vez ou em forma de renda, dependendo do seguro).

Essas são algumas das vantagens estruturais. Mas há ainda os benefícios ligados às coberturas especiais dos modernos seguros de vida, mecanismos que possibilitam o usufruto do produto ainda em vida.

Em quais situações é possível usar o seguro de vida em vida?

Ao longo dos anos, o seguro de vida deixou de ser uma proteção a terceiros (seguro para família) para se transformar em um produto financeiro completo, que mistura investimento, amparo à família e comodidades ao dia a dia. Com isso, além da cobertura em caso de morte, formou-se uma série de situações em que é possível resgatar o capital pelo próprio segurado,  agumas delas você confere agora:

1. Invalidez

Como comentamos, a maior parte dos seguros de vida dispõe de cobertura em caso de invalidez. Com ela, você assegura que não vai ficar desamparado se um acidente ou uma doença o tornar inválido, sem condições de reingresso no mercado de trabalho (ou com reingresso dependente de tratamentos de longo prazo, como fisioterapia).

2. Renda por incapacidade temporária (RIT)

Imagine um autônomo, taxista ou motorista de aplicativo que, por conta de um acidente de trânsito, não possa exercer suas atividades pelos próximos 90 dias. Como ele vai se sustentar?

Esse raciocínio não se aplica apenas a um acidente de carro: podemos pensar em uma hérnia, uma LER (Lesão por Esforço Repetitivo) ou um tratamento emergencial que exija afastamento do trabalho.

E mesmo os profissionais que trabalham de carteira assinada (CLT) podem se beneficiar desse tipo de cobertura, já que a indenização pode auxiliar nas despesas com o tratamento.

Veja que a Renda por Incapacidade Temporária (RIT) não se confunde com o pagamento de indenização em caso de doenças graves (como infarto, acidente vascular cerebral e câncer, conforme você verá a seguir).

3. Indenização para Doenças Graves

Receber um diagnóstico repentino de uma doença grave abala não somente você, mas também toda sua estrutura familiar.

Uma vez passado o assombro inicial, um eventual afastamento do trabalho para tratamento de enfermidades crônicas evoca outro obstáculo: como lidar com compromissos financeiros já assumidos? O uso de um seguro de vida em vida responde a essa questão.

Quem descobriu ter uma patologia crônica precisa estar totalmente concentrado na cura, o que não encontra espaço para preocupações monetárias, é por isso que é crucial ter um seguro de vida com cobertura para doenças graves.

4. Diárias de Internação Hospitalar (DIH)

Para entender melhor o funcionamento da DIH, imagine que você passe por uma intervenção cirúrgica e precise ficar alguns dias internado. O objetivo da cobertura é pagar um valor para cada dia de internação.

Logo, você pode utilizar esse montante da forma que considerar mais adequada. A indenização também pode ser útil para comprar medicamentos ou dar suporte financeiro à família do segurado, por exemplo.

Vale ressaltar que, embora a DIH envolva a parte relacionada à saúde do segurado, ela não funciona como um plano de saúde. Por esse motivo, a cobertura de diárias por internação hospitalar não exclui a necessidade de contar também com a proteção de um plano.

5. Assistência Funeral

Esta cobertura garante a prestação completa de serviços de assistência funeral ou reembolso das despesas de funeral no caso da morte do segurado e/ou familiares.

6. Cirurgias

Na prática, significa custear total ou parcialmente diárias hospitalares, honorários médicos, exames laboratoriais, transfusões e até translados e assistência fisioterápica.

Além disso, você pode até ter um plano de saúde que cubra essas despesas, mas ainda assim pode precisar de remédios, transporte ou cuidador, que são custos inesperados e não cobertos pelo plano.

Há seguros no mercado que, de outra forma, se responsabilizam pela cobertura direta de alguns procedimentos, não oferecendo, entretanto, liberdade de escolha do profissional.

Considerando que qualquer intervenção médica envolve riscos, ter o livre-arbítrio de optar por um médico de confiança é fundamental, fato que explica o sucesso do modelo de indenização. Nesse modelo, o segurado é livre para utilizar os recursos junto às instituições e aos profissionais que desejar.

A lista de cirurgias que podem ser cobertas por um seguro de vida ou por um seguro cirurgia é imensa. Você confere aqui um exemplo desse extenso rol, que vai de colocação de próteses à plástica mamária, passando por retirada de apêndice, extração de tireoide e muito mais, sempre que em casos de acidente ou doença.

Entre muitas outras, em resumo, perceba que um seguro de vida, atualmente, mistura plano de saúde, investimento, proteção familiar… E a maior parte das coberturas é feita para uso do próprio segurado!

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Felipe viana

Corretor Proprietário da AR&F Corretora de Seguros. 

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